segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

13º Prêmio Ford de Conservação Ambiental

O LERF ganhou o 13º Prêmio Ford de Conservação Ambiental, na categoria Negócios em Conservação. Vejam no link http://www.conservation.org.br/noticias/noticia.php?id=369

O prêmio foi concedido especialmente devido ao projeto de aproveitamento comercial na Fazenda Guariroba. Parabéns aos que diretamente participaram desse projeto, desde sua concepção até implantação e monitoramento, como a Gabi, Nino e Andrezza, além, claro, do Ricardo, André e Sérgius.

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Revista Natureza & Conservação on-line

Pessoal, estão agora disponíveis online todos os números da revista Natureza & Conservação, publicados pela Fundação O Boticário de Proteção à Natureza. Eis o link:

http://internet.boticario.com.br/portal/site/fundacao/menuitem.59fac184217a566ee4e25afce2008a0c?epi_menuGrafico=Educacao_Mobilizacao&item_Menu=3

sábado, 22 de novembro de 2008

SEMUFLOR - Simpósio Brasileiro sobre Sementes e Mudas Florestais

De 17 a 20 de novembro foi realizado em Curitiba o Simpósio Brasileiro sobre Sementes e Mudas Florestais. A expectativa era para que o evento trouxesse informações sobre como anda o trabalho de sistematização das normas que irão regularizar o setor de produção de sementes e mudas florestais (nativas e exóticas). Pedro Brancalion e eu estivemos presentes.

A expectativa foi correspondida apenas em parte. Qual não foi nossa surpresa quando constatamos que de simpósio o evento não tinha nada. Era na verdade um tipo de workshop, pois os participantes foram na verdade consultados sobre sugestões de padronização de produção de sementes, manejo e tecnologia de sementes e produção de mudas florestais. Nunca vi pagar para ser consultado...

Afora esse pequeno detalhe, até que deu para aprender um pouco, mas sem chegar a conclusões. A Comissão de sementes e mudas, ligada ao Ministério da Agricultura (MAPA), quer, a partir desse evento, complementar informações geradas nos últimos 3 anos para formatar instruções normativas sobre o assunto. Cerca de 15-20 espécies de cada bioma serão inicialmente padronizadas, e as discussões entrarão no ano de 2009. Por sorte (e insistência dos participantes) o discurso inicial mudou. Inicialmente indicava-se que a comissão organizadora queria que o evento fosse uma contribuição final para essas normas, mas formaram-se grupos que irão discutir esses padrões ao longo dos próximos meses. Dizem que tudo isso será disponibilizado inicialmente no site do evento (http://www.semuflor.com.br/) e no site do MAPA.

Vamos ficar de olho!! A intenção se dúvida alguma é muito boa, e acho que no fim tudo dará certo. O bom das instruções normativas é que elas podem ser atualizadas com mais agilidade, de 2 em 2 anos, por exemplo. Mas que esse evento deixou a desejar, principalmente pela falta de comunicação correta, ah isso deixou...

quarta-feira, 12 de novembro de 2008


Ilhas de floresta
Trechos isolados de Mata Atlântica abrigam menos espécies de plantas e de animais

Maria Guimarães
Edição Impressa 153 - Novembro 2008
Pesquisa FAPESP -


Usina Serra Grande: 9 mil hectares de Mata Atlântica preservados em meio à cana-de-açúcar
Ao norte de Alagoas, já na divisa com Pernambuco, o pequeno município de São José da Laje abriga uma centenária usina de açúcar e álcool que nos últimos anos tem funcionado como um importante laboratório natural. É a Usina Serra Grande, que ocupa uma área de 20 mil hectares nos quais diversos trechos de Mata Atlântica encontram-se imersos na paisagem dominada pela cana. Nessa propriedade a equipe do ecólogo Marcelo Tabarelli, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), encontrou o lugar ideal para investigar como a transformação de uma vasta área contínua de mata em trechos isolados de floresta – efeito chamado pelos ecólogos de fragmentação – afeta diferentes espécies de plantas e animais.

Nos 9 mil hectares de Mata Atlântica preservados pela usina a equipe de Tabarelli selecionou para analisar 109 trechos de diversos tamanhos – o maior e mais bem preservado deles é a floresta Coimbra, com 3,5 mil hectares contínuos de Mata Atlântica original. Ao longo de oito anos, os pesquisadores tomaram nota das características biológicas de todas as árvores com mais de dez centímetros de diâmetro encontradas em quatro tipos de ambiente: faixas de cem metros de largura na parte mais externa de Coimbra; trechos no interior dessa floresta; clareiras em que a mata se recuperou; e ilhas de floresta com tamanho entre 3 e 80 hectares inteiramente cercadas pela cana-de-açúcar.

Publicados este ano na revista Biological Conservation, os resultados mostram claramente que a composição de árvores de um trecho de mata cercado por mais mata é muito diferente da composição de árvores de um fragmento inicialmente idêntico mas cercado por uma cultura agrícola como a cana. Os ecólogos pernambucanos verificaram que o número de espécies de árvores nas margens e nos fragmen-tos menores de floresta é metade daquele encontrado no interior de áreas de vegetação natural contínua, como Coimbra. Nas matas empobrecidas há quatro vezes mais espécies – e mais indivíduos – de árvores especializa-das em colonizar áreas alteradas, como clareiras ou florestas em regeneração. São árvores mais resistentes às condições alteradas das zonas de transição entre a floresta e a plantação – as chamadas bordas –, que em geral são mais ensolaradas e quentes, menos úmidas e com ventos mais fortes.

A mudança na composição das espécies de árvores não é a única alte-ração observada nesses trechos de floresta mais degradada. Ariadna Lopes, colega de Tabarelli na UFPE, mostrou que as comunidades de ár-vores perdem determinados tipos reprodutivos quando fragmentos de floresta são isolados uns dos outros. Nos fragmentos de mata não existem árvores polinizadas por aves, por moscas ou mamíferos terrestres, segundo artigo publicado em 2007 na PloS One.

Sobrevivem apenas as árvores que dependem de morcegos e mariposas para a polinização, mas em quantidade menor – cerca de metade do esperado. Também são raras as árvores com flores maiores que dois centímetros.Esses resultados deixam claro que os efeitos de borda eliminam – ao menos em parte – as árvores que ne-cessitam de polinização especializada para se reproduzir.

Essa influência pode se estender até 300 metros mata adentro. Nesses fragmentos passam a crescer apenas árvores de espécies mais generalistas, que, de acordo com Ariadna, podem ser polinizadas por diversos insetos pequenos e resistem melhor a condições de vida menos ideais. “Esse efeito faz os fragmentos menores se comportarem como se fossem inteiramente borda”, diz Ariadna.A redução de espécies de árvores gera um círculo vicioso: há empobrecimento das populações de animais, que, por sua vez, leva à redução ainda maior da população de plantas. Sem as plantas, os animais que depen-dem do pólen, do néctar, dos frutos ou das folhas não têm como sobreviver nos fragmentos de mata, onde ficam ilhados, uma vez que não conseguem atravessar o canavial, onde não há alimento nem abrigo. Como as plantas também precisam dos animais para se reproduzir e se disseminar, elas seguem a fauna no empobreci-mento.

Os levantamentos da equipe do zoó-logo Rossano Mendes Pontes, também da UFPE, confirmam entre os animais a mesma tendência observada com as espécies de árvores. O grupo espalhou armadilhas para a captura de mamíferos pelas matas da Usina Serra Grande e constatou que nenhum dos fragmentos abriga toda a diversidade de mamíferos. Assim como as plantas, só roedores mais generalistas conseguem sobreviver em boa parte das menores ilhas de mata.Nem sempre adianta ter asas para circular entre ilhas de floresta. Estudos realizados em trechos de Mata A-tlântica na Região Sudeste do país vêm mostrando que também as aves sofrem o impacto da fragmentação. Como parte de um projeto integrante do programa Biota/FAPESP e de uma colaboração com pesquisadores da Universidade de Friburgo, na Alemanha, a equipe do ecólogo Jean Paul Metzger, da Universidade de São Paulo, vem investigando o comportamento de diversas espécies de aves na reserva de Morro Grande, no planalto de Ibiúna, a 40 quilômetros da cidade de São Paulo.

Os pesquisadores constataram que os tangarás-dançarinos (Chiroxiphia caudata) e os vira-folhas (Sclerurus scansor), por exemplo, evitam as bordas da floresta. O artigo, publicado este ano na Biological Conservation, calcula que fragmentos arredondados precisam ter pelo menos 23 hectares para que metade de sua área mante-nha as características de miolo de floresta essenciais para a sobrevivência desses pássaros.
Já os papa-taocas (Pyriglena leucoptera), que dentro da mata preferem zonas de vegetação mais densa, se dão bem no emaranhado de bambus e trepadeiras que caracteriza a borda. A maior parte das espécies de aves reside no abrigo da floresta. É o que mostrou o grupo da USP num levantamento que incluiu 62 espécies de aves e será publicado em breve na Biological Conservation. Eles verificaram que a conexão entre os fragmentos – seja por faixas de mata ou descampados de até 30 metros separando um trecho de floresta de outro – é o fator mais importante para permitir o trânsito das aves, com exceção das onívoras e frugívoras que dependem de áreas maiores para conseguir alimento suficiente.

Para Metzger, não há uma fórmula mágica para garantir o funcionamento ecológico da Mata Atlântica. Espécies diferentes têm necessidades distintas e é preciso lidar com a situação atual: uma floresta altamente fragmentada onde não há muitos trechos extensos de vegetação natural contínua. Diante disso, o ideal é preservar algumas áreas grandes para garantir a sobrevivência de animais altamente sensíveis a perturbações, que se intimidam até quando se vêem obrigados a atravessar – mesmo que voando – uma estrada de terra, e concentrar esforços em manter a ligação entre fragmentos menores.As plantas também agradeceriam. “Se usarmos corredores para unir fragmentos de bom tamanho a outros, mesmo que menores, os animais vão atravessá-los, levando sementes e pólen”, comenta Ariadna. Ainda que os efeitos de borda afetem corredores e manchas de floresta, a pesquisadora explica que o trânsito de animais ajudaria a regenerar a floresta e torná-la menos homogênea. Pode ser o caminho para recuperar e manter a diversidade biológica que encantou os europeus no século XVI e é ainda a riqueza maior da Mata Atlântica.Em fragmentos pequenos, porém, não adianta. Com base no trabalho de seu grupo e de outros que con-duzem experimentos semelhantes na Amazônia, Tabarelli sintetiza suas descobertas: “A floresta madura, quando extremamente fragmentada, tende a se transformar em capoeira e permanecer como capoeira, uma mata jovem formada quase exclusivamente por espécies colonizadoras, com pouca diversidade biológica”. É, segundo ele, a primeira vez que se formula uma hipótese sintetizando e integrando os principais efeitos da fragmentação sobre a floresta.

O alerta está no comentário que o ecólogo da UFPE escreveu, com Ariadna e Carlos Peres, da Universidade de East Anglia, na Inglaterra, a convite da revista Biotropica. Para Tabarelli, a única forma de preservar comunidades de plantas e animais com estrutura semelhante à de uma floresta madura é manter trechos de vegetação natural com no mínimo 10 mil hectares e grandes áreas livres dos efeitos de borda. Pode parecer muita terra, mas para grandes predadores não basta. “Fragmentos de floresta com 10 mil hectares provavelmente são insuficientes para manter populações viáveis de felinos como a onça-pintada ou a jaguatirica”, diz. Essa situação preocupa porque ao norte do rio São Francisco praticamente não restam mais trechos de Mata Atlântica com mais de 5 mil hectares.

Artigos científicos.
GIRÃO, L.C.; LOPES, A.V.; TABARELLI, M. & BRUNA, E.M. Changes in tree reproductive traits reduce functional diversity in a fragmented Atlantic forest landscape. PLoS One, v. 2(9), p. e908. 2007.2.
SANTOS, B.A. et al. Drastic erosion in functional attributes of tree assemblages in Atlantic forest fragments of northeastern Brazil. Biological Conservation, v. 141, p. 249-260. 2008.3.
TABARELLI, M.; LOPES, A.V. & PERES, C.A. Edge-effects drive tropical forest fragments towards an early-successional system. Biotropica. v. 40, n. 7. 2008.

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

IPCC e Mudanças Climáticas Globais

Caros colegas, ontem eu, Nino e Larissa (Unicamp) estivemos na sede da FAPESP em São Paulo para a apresentação dos dados mais recentes compilados pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) (http://www.ipcc.ch/).

Estiveram presentes autoridades como Prof. Martin Perry (ex Co-presidente do IPCC; foi Co-presidente durante o Grupo 2 do IPCC no Quarto Relatório de Avaliação de 2007; Imperial College London), o atual Co-presidente do IPCC do Grupo 2 no Quarto Relatório de Avaliação de 2008 Prof. Vicente Barros (Prof. Emérito do Departamento de Ciências Atmosféricas da Universidade de Buenos Aires; Argentino) e o coordenador do Programa FAPESP de Pesquisa em Mudanças Climáticas Globais, Carlos Nobre.

Carlos Nobre intermediou as conversas, perguntas e fez a apresentação dos palestrantes. As palestras ministradas foram: Impacts of climate change: the challenge for adaptation and mitigation (Prof. Martin Perry) e Climate change and adaptation in Southern South America (Prof. Vicente Barros).

Bom, envio esse e-mail com algumas anotações e compilações de dados apresentados durante o evento, pois acho que todos devem saber a atual situação do aquecimento global e suas consequências para o ser humano.O quadro que já não era favorável se tornou ainda pior!! Antes o IPCC colocava que tinhamos que reduzir as emissões de Gases do Efeito Estufa (GEE) em 50% até 2050 (3%/ano), o que não vinha acontecendo. Mas com o Quarto Relatório de 2007, esse número sobe para 80%, o que significa que temos 40 anos para reduzir as emissões de GEE quase total, e segundo Nobre, essa porcentagem pode ser ainda subestimada, ou seja, otimista demais.
Mas, o pior é que essa redução de 80% das emissões não é para que não tenhamos consequências severas para o planeta e o aquecimento global pare, e sim para que atinjamos a meta de manter o aquecimento em "apenas" 2 graus célcius em relação ao período pré-industrial (quadro mais otimista), ou seja, 1,4 graus a mais do que atualmente, uma vez que já vivemos em um planeta 0,6 graus célcius mais quente do que antes das indústrias, o que já acarretaria em uma série de sérios danos ao ser humano segundo os modelos do IPCC.

Em suma, precisamos reduzir em 80% para que os danos sejam os menos severos possíveis e atinjamos o quadro mais otimista dos modelos do IPCC, o que na minha opinião é meio impossível em 40 anos se continuarmos dando a importância que os governos vêm dando. Detalhe que os modelos não prevêm a degradação que acontece e se intensificará com o aquecimento aos sistemas capturadores de CO2, como os oceanos e florestas.

Algumas das principais conclusões do IPCC apresentada foram:

  • O aquecimento global e as mudanças climáticas estão acontecendo e são ligados à emissão de GEE inequivocadamente, principalmente CO2;
  • Alguns impactos já ocorrem atualmente e futuros impactos severos serão inevitáveis;
  • Necessário reduzir em 80% as emissões de GEE para atingir o quadro mais otimista do IPCC e evitar danos astronômicos ao planeta;
  • Muito importante é a busca por adaptação às mudanças e os impactos futuros;
  • Os impactos mais importantes serão na disponibilidade de água;
  • O segundo grande impacto será aos ecossistemas, com perdas astronômicas de biodiversidade, algo como 25% das spp. de Cerrado e 45% das árvores da Amazônia;
  • O terceiro grande impacto será na produção de alimento;
  • O quarto impacto será o aumento do nível do mar e de tufões e chuvas fortes e volumosas;
  • As regiões mais atingidas serão: África, mega deltas Asiáticos, pequenas ilhas e o Ártico. Na América do Sul, o Nordeste do Brasil;
  • Populações mais atingidas: pobres, crianças, idosos e marginalizados;
  • Eventos como a onda de calor de 2003 que atingiu a Europa em agosto e matou milhares de pessoas serão comuns, algo como ano sim, ano não, e devemos nos adaptar para evitar mortes, o que estamos aprendendo relativamente bem.

Bom, espero ter compilado as principais informações que absorvi durante o evento do dia 30/10/2008. Estou um tanto quanto pessimista com esse quadro, espero que as autoridades governamentais mundiais, ao lerem o Quarto Relatório de 2007 do IPCC, tomem as devidas providências para que o pior não aconteça!! Não consigo imaginar o que será difícil viver com falta de água, comida, migrações de milhares de pessoas pobres pelo mundo, mas o pior, a perda da vida do planeta, da biodiversidade, que durante bilhões de anos se adaptou a viver aqui na Terra, deu origem a uma infinidade de espécies cada qual com suas belas características e tem o direito de aqui permanecer e continuar sua jornada adaptativa. Imaginem perdermos 45% das espécies arbóreas da Amazônia, me dá um aperto no coração, sinceramente!

Grande abraço a todos!!

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Latin American Landscape Ecology Conference

Esse é imperdível, e pertinho de Piracicaba: Latin American Landscape Ecology Conference, em Campos do Jordão, outubro de 2009. Mais informações em http://www.eventus.com.br/ialebr2009/.
Precisamos nos programar para ver as possibilidades de envio de trabalhos através do Programa de Adequação Ambiental, especialmente as análises que o Leandro Tambosi está fazendo.
Voltaremos a nos falar!

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Minuta de resolução da SMA para consulta pública

SMA disponibiliza minuta para compensação de gases do efeito estufa
Minuta para orientação da compensação de gases de efeito estufa está disponível para consulta.

A Secretaria Estadual do Meio Ambiente - SMA disponibilizou, a partir de 13.10, a minuta da resolução que estabelece orientação para projetos voluntários de reflorestamento para compensação de emissões de gases de efeito estufa.

O texto ficará disponível para sugestões e complementações num período de 30 dias. A resolução foi elaborada dentro do Projeto Ambiental Estratégico Mata Ciliar e objetiva criar instrumentos que viabilizem o reflorestamento de 1,7 milhão de hectares no Estado de São Paulo. Com a medida o índice de cobertura florestal nativa pode ser elevado para, no mínimo, 20%.

As sugestões devem ser encaminhadas para o e-mail cbrn@ambiente.sp.gov.br

Para acessar a minuta:
http://www.ambiente.sp.gov.br/pdf/minutagases.pdf

sábado, 25 de outubro de 2008

Problemas ambientais na Austrália

Moçada, vejam o documentário Buying back the river, produzido pela ABC, rede de comunicação da Austrália. O vídeo é em Inglês, claro, e sem legendas, com cerca de 45min de duração. Mas dá para ter noção dos grandes problemas que lá também ocorrem.
http://www.abc.net.au/4corners/content/2008/20081020_water/interviews.htm
Abraços!

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Oficina sobre uso de glifosato na restauração

Colegas, na terça-feira passada (21/10) a Cris, a Adriana e eu participamos da oficina sobre uso de glifosato na restauração florestal, promovido pelo Projeto Matas Ciliares, da SMA/SP.
Estavam presentes cerca de 30 profissionais de diferentes áreas, convidados pela organização. Na primeira parte do evento houve 4 apresentações: a primeira do André, sobre a prática do uso de glifosato na restauração, quando foi apresentado o dado inédito de que há uma redução de 30% nos custos da restauração ao usar o glifosato (comparado com controle mecânico ou manual). Depois houve a apresentação de 2 professores da área de Química e, por fim, de uma profissional da TNC apresentando o programa de erradicação de exóticas invasoras em UCs, muitas vezes usando o glifosato.
Na seqüência a equipe do Matas Ciliares apresentou o projeto desenvolvido para avaliar os efeitos tóxicos do glifosato. Eles propõe o uso de vários indicadores químicos e biológicos, e a idéia foi que os profissionais presentes dessem uma "consultoria gratuita" sobre como melhorar o projeto.
Embora o projeto esteja restrito a apenas 2 propriedades do município de Paraibuna, vale do Paraíba (o diagnóstico dessas propriedades foi feito pelo Wander e eu, em dezembro de 2006) e careça de um maior rigor científico, a iniciativa é digna de mérito. Não é a "praia" dos técnicos da SMA realizar esse tipo de projeto, mas eles estão realmente preocupados em medir os efeitos desse herbicida, na tentativa de estabelecer protocolos sobre o uso do produto na restauração (ou não).
Aguardemos as respostas, esperando que o experimento possa ser feito em mais lugares.

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Gestão de Bacias Hidrográficas

Saiu um artigo na revista Estudos avançados muito interessante e que traz toda uma abordagem conceitual, institucional e legal no âmbito da gestão das bacias hidrográficas brasileiras e argumenta sobre as dificuldades conceituais e legais que dificultam o processo de gestão dos recursos hídricos pensando nestas unidades. Mas, ao final diz que mesmo assim é um grande avanço para a sociedade e para a conservação e gestão dos recursos hídricos no país. Muito interessante, vale a leitura!

Link para acessar o artigo no Scielo
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-40142008000200004&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt

sábado, 18 de outubro de 2008

Por que conservar a natureza?

Para quem não conhece, Fernando Fernandez é autor do livro "Poema Imperfeito", um clássico da literatura nacional sobre conservação da natureza. O texto é longo, mas leve e gratificante, para sair "de alma lavada".
Abraços!!

Por que conservar a natureza afinal?
Fernando Fernandez
09/10/2008, 08:00

Até hoje, a meu ver, o cinema só produziu uma obra prima sobre conservação da natureza. Acho que o único filme que já vi que merece este título é um dos mais despretensiosos, mas ao mesmo tempo um dos mais puros e mais sinceros: Dersu Uzala.

Dersu Uzala é um dos filmes menos conhecidos do grande cineasta japonês Akira Kurosawa, falecido há alguns anos. Fez até bastante sucesso quando foi lançado, em 1975, mas depois disso pouca gente ouviu falar dele. O filme conta a história da amizade entre duas pessoas imensamente diferentes: um cartógrafo russo, urbanóide, Arseniev, e um caçador siberiano, que é o tal Dersu. Arseniev lidera uma expedição cartográfica à Sibéria, no início do século XX, e contrata Dersu como seu guia pelas vastidões geladas. Dersu Uzala é um filme lento, com pouca ação, que pode parecer impalatável para alguns cinéfilos acostumados ao ritmo vertiginoso das produções hollywoodianas. Mas vale a pena garimpar as sutilezas com carinho, porque sua paciência será regiamente recompensada: essa majestosa obra prima tem várias cenas antológicas. Um dos maiores pequenos tesouros é a cena da fogueira.

Arseniev, Dersu e os soldados da expedição do primeiro estão em volta do fogo, à noite, comendo um animal recém abatido. De repente, um soldado pega um grande naco de carne e o joga no fogo. Para surpresa geral, o idoso Dersu pula, coloca a mão nas chamas e tira a carne do fogo. O soldado fica perplexo, e segue-se um diálogo mais ou menos assim: “Por que você fez isso? Você podia se queimar!” Dersu responde: “Por que você quer jogar essa carne no fogo? Outra gente vai chegar depois de nós e vai querer comer.” O soldado retruca: “Você está maluco? Nós estamos no meio da Sibéria! Não tem gente nenhuma aqui!” Isto era em 1907, não se esqueça. Mas Dersu então diz, irritado: “A floresta tem muitas gentes”. Para Arseniev, assistindo à discussão à distância, subitamente a ficha cai: sua sutil expressão desconcertada é inesquecível. Ele nem precisaria esperar Dersu completar: “Pode vir um rato, um texugo ou uma gralha, porque você vai jogar a carne no fogo?” O soldado olha ainda sem entender.

A cena da fogueira de Dersu Uzala é inesquecível, entre outras coisas, pelo claro foco de Dersu em conservação, muito além do ambientalismo: pode ser que nenhuma gente de nossa espécie venha, mas nem por isso as outras espécies não merecem sua consideração.

Por que conservar os animais e as plantas afinal? Podem ser apresentadas uma série de razões para isso. Uma das mais ouvidas é que as espécies são fontes de produtos úteis para a humanidade. Em alguma espécie de planta pode estar a cura do câncer, outra poderá fornecer o princípio ativo de algum cosmético fabuloso, ou genes que podem, quem sabe, ser transplantados para outra espécie com efeitos favoráveis. Esse argumento parece à primeira vista fazer bastante sentido. Porém, como bem apontado na revista científica Oikos pelo grande ecólogo inglês John Lawton em 1991, se queremos conservar a biodiversidade, ou pelo menos uma parte expressiva dela, esse é um argumento enganoso, e pode chegar a ser perigoso. Nem todas as espécies são úteis. Para começo de conversa, a maioria das espécies animais são besouros. Há imensa redundância em qualquer grande grupo animal ou vegetal, na bioquímica como em qualquer outra coisa. Muitas espécies são distinguíveis de suas parentes mais próximas apenas por ínfimas sutilezas em suas colorações, suas genitálias ou mesmo seu comportamento, sutilezas essas que só um especialista com anos de treino é capaz de perceber. Isso acontece porque na evolução o processo de especiação (formação de espécies) se dá por isolamento reprodutivo – uma espécie não mais cruzar fertilmente com a outra – e não por quantidade de diferenças entre as espécies. Sendo assim, muitas espécies têm genótipos muito similares ao de espécies próximas, e se desaparecessem, não estariam nos privando de substâncias particularmente diferentes ou valiosas. Provavelmente, embora muitas espécies sejam ou possam ser diretamente úteis ao homem, a maioria não o é.

O mesmo, claro, pode ser dito das utilidades mais óbvias das espécies, para agricultura, pecuária e extrativismo. As espécies adequadas para exploração por essas maneiras são uma ínfima proporção das espécies existentes. O maior problema com esse padrão é que os inimigos da conservação podem facilmente apontar isso e contra-argumentar que, pelo argumento básico da utilidade, a grande maioria das espécies não precisam ser protegidas. Não podemos, portanto, depender desse tipo de argumento.

É verdade que o argumento da utilidade das espécies tem uma versão aperfeiçoada que diz que algumas espécies são úteis afinal, não sabemos quais são ou não, e nessa situação é melhor conservarmos todas elas, ou pelo menos quantas pudermos. Colocado dessa forma, é um argumento bem mais respeitável, mais difícil de rebater, e portanto mais efetivo. Mesmo assim, não me parece que seja suficiente. Afinal de contas, redundâncias continuam existindo na natureza, e as ciências biológicas tem deixado cada vez mais claro onde elas estão. Sendo assim, depender do argumento de que temos que conservar todas as espécies por que não sabemos quais são úteis no fundo é apostar contra o progresso da ciência e do conhecimento. Longe de mim fazer esta aposta. Há, porém, algo que me desagrada mais fundo nas abordagens utilitaristas, mesmo nessa forma mais aperfeiçoada. Esse algo foi expresso com brilhantismo pelo próprio Lawton: “o argumento de que precisamos conservar espécies porque elas podem ser úteis é um argumento ao qual falta alma. É sensato, é verdadeiro, mas não tem espírito, não tem dimensão humana. É o argumento dos tecnocratas...” Cortei pelo meio a citação, desculpe, mas vou me redimir mais abaixo.

Pode ser até então que argumentos estreitamente utilitários sejam úteis, em determinados fóruns, para convencer os tecnocratas. Mas não me considero um tecnocrata, e se você também não for, precisamos continuar nossa procura, indo bem mais fundo – ou quem sabe, mais atrás no tempo.

Me lembro bem de quando aprendi história. Era uma de minhas matérias favoritas na escola e não tenho vergonha de confessar que esperava ansiosamente pelas aulas – que eram muito boas. Mas não me lembro de ter ouvido falar naquelas aulas, nem uma só fez, do efeito da degradação ambiental sobre a trajetória das civilizações humanas. A história, como era pesquisada e ensinada, era completamente cega a isso. Essa situação tem mudado completamente nas últimas décadas, e talvez o maior marco desta mudança até agora seja o maravilhoso e perturbador “Colapso”, de Jared Diamond, lançado em 2005. Se Diamond estiver certo – e seus argumentos são muito convincentes – várias das grandes civilizações do passado entraram em decadência e eventualmente colapsaram por causa de sua incapacidade de manejar adequadamente seus recursos naturais, ou mais precisamente de manter os processos ecológicos que geravam tais recursos. Ou seja, a manutenção da qualidade da água, fertilidade do solo, proteção contra erosão e regulação climática, entre outros, são serviços cruciais que os sistemas ecológicos nos prestam. Todas as nossas civilizações dependem disso, e cuidar bem ou mal dos processos ecológicos tem sido um dos grandes determinantes de que civilizações deram certo ou não. Só isso, e tudo isso. Conservar a natureza por essa razão não deixa de ser até certo ponto uma visão utilitária, mas a meu ver essa necessidade de conservar os processos ecológicos é um argumento infinitamente mais poderoso para a conservação da biodiversidade do que a mera utilidade de cada espécie como fonte de produtos.

Nos últimos anos, com os efeitos cada vez mais óbvios das mudanças climáticas globais, destruindo os delicados mecanismos regulatórios dos processos ecológicos vitais para a biosfera, a sombra do passado se torna cada vez mais inquietante, agora na escala do planeta inteiro. Nosso futuro depende cada vez mais da manutenção dos processos ecológicos. No entanto, sejamos sinceros: esse argumento não explica por que muitos de nós fazemos conservação.

Se você perguntar a um(a) conservacionista porque ele (ou ela) defende os animais, é provável que a resposta seja algo como, “porque eu gosto de bichos” (ou de plantas, conforme o caso). Eu me lembro de um debate onde vi José Truda, do Projeto Baleia Franca, depois de tentar longamente argumentar porque era importante preservar as baleias, explodir dizendo “Quer saber duma coisa? Eu não tenho que justificar por que eu quero conservar baleias, eu quero conservar baleias por que eu gosto de baleias!” Esse é o argumento sincero, verdadeiro, que vem da alma. Pode, é claro, ser um argumento bastante fraco se o virmos como uma idiossincrasia, como um capricho meramente individual. Mas não creio que seja o caso. Quero, ao invés disso, argumentar que nós gostamos de animais porque somos um, e que aí pode estar a resposta que procuramos.

Uma idéia profundamente revolucionária, proposta por Edward Wilson em 1994, é a da biofilia. A idéia central da biofilia é que gostar da natureza é um dos instintos fundamentais do ser humano. Em uma imensa variedade de outros animais, é comum o processo que os ecólogos chamam de “seleção de habitat”. Os animais são encontrados nos habitats favoráveis a eles porque tem instintos, evoluídos por seleção natural, para reconhecer tais habitats, nos quais evoluíram. O homem é uma espécie biológica, cujo comportamento é influenciado pela cultura adquirida nos últimos poucos milhares de anos, mas também, estejamos habituados a pensar nisso ou não, por instintos evoluídos ao longo de milhões de anos. Por isso, o homem tende a se sentir bem quando está em habitats similares àqueles em que evoluiu – o que explica porque, independente da cultura, gostamos de ir para áreas naturais para nossa recreação. Um dos exemplos mais maravilhosos de Wilson é quando ele se pergunta que tipo de habitat os paisagistas quase invariavelmente planejam, quando se dá a eles absoluta liberdade de criação. O resultado –freqüentemente visto em parques urbanos, campi universitários e condomínios - é uma paisagem com vastos espaços abertos, com o solo coberto de gramíneas, intercalados com pequenos bosques aqui e ali. Isso, Wilson alega, é uma reconstrução de uma savana – o habitat onde nossa espécie evoluiu. Similarmente, nós tendemos a gostar de animais, e de modo geral mais intensamente de animais mais parecidos conosco. Isso aconteceria por que instintivamente reconhecemos – com toda razão, de um ponto-de-vista evolutivo – que são próximos de nós.

Se Wilson está certo, ninguém precisa aprender a gostar de bichos: todos nós já nascemos gostando deles. Gostar dos bichos pelos bichos é muito mais que uma “estratégia” para a conservação da natureza: é uma parte de nós mesmos, que pode ser perdida ou não. Podemos, ao longo da educação, perder contato com a natureza - isso é cada vez mais fácil hoje em dia - e desaprender a gostar de bichos. Mas se conseguirmos evitar isso, aceitar nossa própria natureza animal, inclusive a biofilia que é parte importante dela, é um maravilhoso caminho tanto para o crescimento pessoal como para a mudança global.

Não, Truda, você não tem que se justificar por gostar de baleias. Isso é parte da sua natureza, da minha, e da de todos nós. As pessoas têm vidas mais felizes quando respeitam suas próprias naturezas. Não deveríamos precisar de mais nenhum argumento. Completando a citação do Lawton, “... nós não conservamos concertos de Mozart, pinturas de Monet e catedrais medievais por que eles são úteis. Nós os conservamos porque eles são bonitos e enriquecem nossas vidas.” Assim é também para os animais e as plantas, com a vantagem de que quanto à natureza temos também outros argumentos, para os difíceis de sensibilizar. É que, com todo respeito (e admiração) que tenho por Mozart e Monet, nosso futuro depende muito mais dos processos ecológicos da biosfera do que deles.

Não tenho nenhuma ilusão de que estejamos próximos de onde deveríamos estar. No nosso complexo mundo cultural, muitas outras fortíssimas influências, a começar por doutrinas religiosas que nos dizem que a natureza foi feita para nós, competem com a biofilia e nos levam a perder contato com nossas próprias naturezas. Hoje, a maioria das pessoas ainda está mais perto daquele soldado olhando pasmo para o Dersu do que do próprio Dersu.

No Mundo de hoje, enfrentar e resolver os problemas sociais, que causam tanto sofrimento humano à nossa volta, é sem dúvida fundamental. Acho que todo mundo concordaria com a proposição de isso só vai dar certo se o fizermos a partir de uma genuína preocupação com as pessoas, com os direitos de todos nós a vidas dignas e gratificantes. Dito isso, como argumentei acima, e como Diamond e as mudanças climáticas tem mostrado, conservar a natureza é essencial para o bem estar e para a própria prosperidade das sociedades humanas. No entanto, o leitor pode já ter reparado que eu raramente uso a expressão “meio ambiente”. Não gosto muito dessa expressão. A razão porque eu não gosto é que quando se fala em “meio ambiente”, está implícito que nos referimos ao ambiente (“meio ambiente” é pleonasmo) para a nossa própria espécie. Ou seja, o discurso de “meio ambiente” nos deixa presos ao argumento utilitário. Não gosto de depender disso. Para mim é claro que a mesma proposição que fiz acima para os problemas sociais também se aplica à conservação: num Mundo de tantos interesses econômicos e sociais conflitantes, só acredito que seremos bem sucedidos em conservar os animais e as plantas se o fizermos por eles mesmos, pelo direito que eles têm à vida. Não tenhamos uma visão estreita. Conservar a natureza é bom para a gente. Mas como Dersu já sabia, a floresta tem muitas gentes.

Disponível em: http://www.oeco.org.br

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Feira Internacional de Meio Ambiente Industrial e Sustentabilidade

Pessoal, contribuição do Leandro Vieira. Embora seja um evento mais "industrial",não deixa de ser um público interessante.

FIMAI - Feira Internacional de Meio Ambiente Industrial e Sustentabilidade, que acontecerá nos dias 12, 13 e 14 de novembro de 2008, no Pavilhão Azul, do Expo Center Norte, em São Paulo, SP, abre um leque importante de opções na área ambiental e possibilita o contato com os mais importantes especialistas e empresários atuantes no Brasil.

Considerada como a mais importante feira do setor de Meio Ambiente Industrial na América Latina, a FIMAI apresenta-se como excelente opção para mostrar o que há de melhor e mais avançado em nível mundial, sendo um grande atrativo para investidores e empresários nacionais e internacionais que desejam estreitar contatos com empresas do setor, fazer negócios e expandir sua rede de relacionamentos comerciais. Novas tendências, inovações tecnológicas, práticas ambientais bem sucedidas e pró atividade nos setores socio-ambiental é a marca registrada dos expositores da feira, transformando o evento em um centro gerador de experiências e de negócios importantes.

Mais informações: www.fimai.com.br

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

II SIMPÓSIO, II CURSO E CICLO DE PALESTRAS SOBRE RAD, EM MOGI-GUAÇU


O Instituto de Botânica de São Paulo e o Projeto Mata Ciliar /BancoMundial, ambos vinculados à Secretaria de Estado do Meio Ambiente de SãoPaulo, realizarão um simpósio, um curso e um ciclo de palestras, nos dias28, 29 30 e 31 de outubro de 2008, na cidade de Mogi-Guaçu, sobrerecuperação ambiental de áreas degradadas (RAD).

O objetivo é a disseminação das mais recentes informações sobre esta áreade conhecimento, destacando-se aquelas relacionadas às zonas ciliares. Nesta oportunidade, estamos convidando Vossa Senhoria e todos osinteressados de sua instituição a participarem dos eventos.

No site do Instituto de Botânica: www.ibot.sp.gov.br <http://www.ibot.sp.gov.br>, você encontrará as programações e a ficha de inscrição.

Esperando contar com sua importante participação,
Atenciosamente, Luiz Mauro Barbosa
Pesquisador Científico do IBt
Coordenador Geral do Simpósio

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Palestra sobre impacto reduzido na exploração de madeira

Palestra: “Exploração Florestal de Impacto Reduzido na Amazônia"

Palestrante: Eng. Florestal Dr. José Mauro Paz Moreira

Coordenador da Gerência Executiva de Planejamento do

Serviço Florestal Brasileiro - Ministério do Meio Ambiente

Local: Anfiteatro do Departamento de Ciências Florestais

Data: 24 de Outubro (sexta-feira)

Horário: 11h00

Público Alvo: Docentes, Pesquisadores, Estudantes de Graduação e Pós-Graduação


sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Prêmio Agroambiental da Monsanto


Estão abertas as inscrições para o Prêmio Agroambiental da Monsanto. Trata-se de um incentivo à criatividade e ao conhecimento para o desenvolvimento de uma agricultura mais sustentável. Serão premiados projetos que contribuam para o estabelecimento de novas práticas agrícolas para conscientização socioambiental".
Segundo as normas, pesquisadores podem se inscrever como pessoas físicas, seja com projetos concluídos (após 2006) ou em andamento. Vislumbro a possibilidade de alguém do LERF se inscrever na categoria Biologia e Gestão Ambiental, cujo perfil é de apresentar "Contribuições para monitorar e aprimorar a integração do meio ambiente com os sistemas produtivos, com vistas a um melhor e mais correto desempenho ambiental que garanta as necessidades das gerações futuras".
Os prêmios para o 1º lugar são uma viagem para participar de um evento internacional relacionado às áreas-tema, a escolha do ganhador, a ser realizada em 2009, no valor máximo de R$ 10.000,00, além de um Notebook Acer, Dual Core 1.6, Memória 2GB, HD 160 GB, DVDRW, tela 15.4., webcam, Vista Home ou modelo similar.
Mais informações no site http://www.sempredigasempre.com.br/apresentacao.aspx.

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

O PDA Mata Atlântica abre novas oportunidades para a apresentação de projetos

O PDA Mata Atlântica abre duas novas oportunidades para a apresentação de projetos, totalizando mais R$ 3.100.000,00 para a conservação do Bioma maisameaçado do País.

A Chamada 06 de Apoio a Projetos para o Planejamento, Implementação e Monitoramento de Corredores Ecológicos na Mata Atlântica, disponibilizará R$3 milhões para apoio a projetos que busquem através de estratégias inovadoras integrar ações de proteção e uso para a conservação de paisagensem grande escala. São nove áreas prioritárias definidas como Áreas Preliminares de 9 Corredores a serem diagnosticados, planejados, delimitadose implementados de forma piloto, o teto para o financiamento das propostas é de R$ 750 mil e as proponentes devem se articular em consórcios para aapresentação dos projetos.

O Termo de Referencia para a contratação de estudo sobre Sistemas Inovadores de Uso da Terra e Serviços Ambientais promovera um inédito processo degeração de conhecimento sobre questões chaves para a conservação da biodiversidade através do uso sustentável dos recursos genéticos associadosao Bioma. Este estudo buscara desvendar o potencial destes sistemas inovadores para a promoção de serviços ambientais, relacionados a trêstemas: a) Conservação da Biodiversidade; b) Balanço energético e c) Mitigação de Gases de Efeito Estufa. O PDA disponibilizará R$ 100.000,00para organizações com experiência nesta temática estruturarem equipes multidisciplinares em parceria com instituições de pesquisa que realizarão oestudo vinculado as organizações apoiadas pelo PDA articuladas em redes nas regiões sul, sudeste e nordeste.

As propostas apresentadas em resposta à chamada 06 Corredores Ecológicos, devem ser encaminhadas à Secretaria Técnica do PDA até o dia 14 de novembrode 2008 e as propostas relacionadas ao estudo sobre serviços ambientais até 17 de outubro. Para baixar os documentos da Chamada 06 e do TDR de ServiçosAmbientais, acesse http://www.mma.gov.br/index.php?ido=conteudo.monta&idEstrutura=51&idConteudo=5402 arquivos para download no site do PDA (http://www.mma.gov.br/pda). Para maiores informações, entre em contato com a equipe técnica. Os formulários para a apresentação de propostas serão disponibilizados na próxima semana.

Os recursos disponibilizados para estes novos projetos fazem parte das últimas chamadas relacionadas às linhas temáticas de âmbitnacional docomponente Mata Atlântica do Programa de Projetos Demonstrativos - PDA, que deve se encerrar em dezembro de 2010.
Pedimos a gentileza de divulgarem essa mensagem aos parceiros.

Atenciosamente,

Odair Scatolini JuniorAnalista AmbientalSubprograma Projetos Demonstrativos - PDAMinistério do Meio Ambientetel: 61-3214-8499fax: 61-3214-8429

terça-feira, 16 de setembro de 2008

ESALQ assina convênio para auxiliar reflorestamento do Médio Tietê



A ESALQ assinou, por intermédio da Fundação de Estudos Agrários Luiz de Queiroz (Fealq), um convênio de cooperação técnico-científica de 5 anos com AES Tietê. A empresa é uma das principais geradoras de energia do país que responde por cerca de 20% da energia gerada no Estado de São Paulo e de 2% da produção nacional. O termo visa a implementação de um projeto de restauração de matas ciliares no entorno dos reservatórios das Usinas Hidroelétricas do Médio Tietê. O principal objetivo é estudar os processos ecológicos relacionados à restauração florestal e pesquisar o potencial desses sistemas para a fixação do carbono atmosférico.

Ficará sob responsabilidade dos pesquisadores da Escola, coordenados pelo professor Paulo Kageyama, dar suporte técnico científico dentro do projeto “Orientação da Restauração Florestal e Quantificação do Seqüestro de Carbono da AES Tietê”. Em suma, a ESALQ atuará nas diferentes etapas da seleção de espécies, produção de mudas e plantio de restauração, servindo tanto para a maximização dos efeitos positivos do reflorestamento do ponto de vista da remoção de carbono atmosférico e da restauração da biodiversidade, como à quantificação do acúmulo de carbono, por métodos que visam estabelecer ou aprimorar as métricas hoje existentes.

A proposta de reflorestamento da AES prevê o plantio de mudas em uma área de cerca de 12,5 mil hectares de zona ciliar. Segundo Kageyama, a projeção é para que se efetive a plantação de aproximadamente 24 milhões de unidades e haverá um monitoramento com imagens de satélites para avaliar quanto de carbono está sendo acumulado, uma vez que o resgate de carbono é um compromisso da empresa com o Comitê Executivo do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), apresentado na Convenção de Mudanças Climáticas da ONU. No desenvolvimento das atividades será colocada em prática a "Metodologia de Monitoramento e Linha de Base de Florestamento e Reflorestamento - ARAM 0010", segundo a qual será possível medir quanto de dióxido de carbono (CO2) está sendo resgatado do meio ambiente e, numa fase posterior, comercializar os créditos gerados com os países signatários do protocolo de Kyoto, acordo mundial para redução do aquecimento global. Para que o desenvolvimento das ações ocorra de maneira positiva, Kageyama ressaltou o aspecto social do projeto. “Há que se destacar o viés social, com a participação das populações do entorno na plantação de mudas”.

Para Demóstenes Barbosa Silva, diretor da AES, a regeneração de Áreas de Proteção Permanente (APPs) no entorno dos reservatórios no Estado é considerada atividade essencial para assegurar a sustentabilidade. “Decidimos dirigir para este projeto todos os suportes necessários já que talvez seja a maior iniciativa de reflorestamento do Brasil e uma das maiores do mundo em áreas protegidas. O investimento, ao final, alcançará cerca de R$ 40 milhões”.

Na oportunidade, o diretor da Escola, Antonio Roque Dechen, destacou o fato do projeto estar embasado na sustentabilidade econômica, social e ambiental, lembrando que a ESALQ vem desenvolvendo pesquisas no setor florestal há mais de três décadas, desde a instalação do curso de Engenharia Florestal, no início dos anos 70.

Estiveram presentes, além de representantes da AES Tietê, Rubens Angulo Filho, diretor presidente da Fundação de Estudos Agrários "Luiz de Queiroz" (FEALQ); José Leonardo de Moraes Gonçalves, professor e chefe do departamento de Ciências Florestais (LCF); Thelma Krug (pesquisadora do INPE e atual negociadora do Brasil nas reuniões da Convênção do Clima); Helena Carrascosa (Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo); Luis Gylvan Meira Filho (Instituto de Estudos Avançados-IEA- da USP), além de alunos de graduação e pós graduação da Escola.

Texto: Caio Albuquerque
Foto: Divulgação AES Tietê

PROGRAMA PETROBRAS AMBIENTAL ESTÁ COM INSCRIÇÕES ABERTAS PARA A SELEÇÃO PÚBLICA DE PROJETOS 2008

PROGRAMA PETROBRAS AMBIENTAL ESTÁ COM INSCRIÇÕES ABERTAS PARA A SELEÇÃO PÚBLICA DE PROJETOS 2008

O Programa Petrobras Ambiental chega, em 2008, à terceira edição de seleção pública de projetos. O novo tema do Programa é: "Água e Clima: contribuições para o desenvolvimento sustentável".
No período de 2008 a 2012, serão investidos R$500 milhões em iniciativas que contribuam para a conservação e preservação dos recursos ambientais e à consolidação da consciência socioambiental brasileira.
As ações estratégicas previstas até 2012 incluem o investimento em patrocínios a projetos ambientais, que serão contemplados a partir de seleções públicas para períodos de dois anos. Além disso, a Petrobras está investindo no fortalecimento das organizações ambientais e suas redes. Por fim, a Companhia destina esforços à disseminação de informações para o desenvolvimento sustentável, promovendo ações de comunicação voltadas para a discussão do modelo de desenvolvimento sustentável.
As linhas de atuação do Programa são:
1- Gestão de corpos hídricos superficiais e subterrâneos:
· Reversão de processos de degradação dos recursos hídricos;
· Promoção e práticas de uso racional de recursos hídricos.
2- Recuperação ou conservação de espécies e ambientes costeiros, marinhos e de água doce.
3- Fixação de carbono e emissões evitadas com base na:
· Reconversão produtiva de áreas;
· Recuperação de áreas degradadas;
· Conservação de florestas e áreas naturais.
Para a Seleção Pública deste ano, serão destinados R$60 milhões a projetos novos ou já em andamento, sob a responsabilidade de pessoas jurídicas, sem fins lucrativos, com atuação no Terceiro Setor, tais como associações, fundações, organizações não-governamentais ou organizações sociais.
As inscrições já estão abertas e podem ser feitas pela internet (www.petrobras.com.br), até o dia 24 de setembro de 2008. Cada instituição pode inscrever até três projetos, mas somente um poderá ser selecionado.
Independente da linha de atuação, todos os projetos devem contemplar como tema transversal a educação ambiental, com foco em eficiência energética, conservação dos recursos naturais e consumo consciente. Os projetos devem apresentar planejamento para alcançar sustentação econômica e organizacional e a sustentabilidade socioambiental, processo para registro das experiências e resultados, planejamento de comunicação, adoção de iniciativas ecoeficientes em suas práticas de gestão e de instrumentos de acompanhamento e avaliação das ações.
Participe!

domingo, 14 de setembro de 2008

VII Simpósio Nacional de Recuperação de Áreas Degradadas


Acontecerá de 9 a 11 de outubro o VII SINRAD, em Curitiba. A inscrição para estudante de pós custa R$200,00 (até 03/10). Maiores detalhes no site da SOBRADE http://www.sobrade.com.br/index.php




Apresentação
A Sociedade Brasileira de Recuperação de Áreas Degradadas (SOBRADE), agendou para o período de 9 a 11 de outubro de 2008, em Curitiba/PR, o VII Simpósio Nacional sobre Recuepração de Áreas Degradadas. Constitui o maior evento do gênero no Brasil e América Latina e tem atraído um público crescente do país e também do exterior.A idéia de congregar especialistas objetiva um intercâmbio mais amplo de experiências, tecnologia, produtos e serviços para a relevante tarefa de recuperar ambientes degradados, avaliar o estado da arte bem como promover discussões que permitam avançar no desenvolvimento de modelos de recuperação ambiental, para as atividades de mineração, agricultura, pecuária, florestal, industrial, urbanização, além da construção de estradas e barragens.


Local e Data
Data:
9 a 11 de outubro de 2008
Local: Centro de Eventos da FIEP - Av. Comendador Franco (Av. das Torres), 1.341 - Bairro Jardim Botânico, Curitiba - Paraná - Brasil


Forma de pagamento: Depósito na Caixa Econômica Federal, agência 1630, operação 003, conta 357-6 (Favorecido: FUPEF do Paraná - CNPJ: 75.045.104/0001-11), considerando os valores da tabela abaixo.
Enviar comprovante de depósito acompanhado da FICHA DE INSCRIÇÃO para o fax (41) 3360-4221.

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Lançamento do livro: 'Conciliação entre Produção Agropecuária eIntegridade Ambiental: o Papel dos Serviços Ambientais'

Maria Luiza Nicodemo, Marcela Vinholis, Odo Primavesi e Márcio Armando, pesquisadores da EMBRAPA - Empresa Brasileira dePesquisa Agropecuária, publicaram neste mês um livro onde são discutidas formas de integrar sistemas de produção agropecuária e paisagens rurais com a produção de serviços ambientais e a manutenção da biodiversidade, procurando vias de implementar um uso racional e multifuncional da terra. O livro intitula-se 'Conciliação entre Produção Agropecuária e Integridade Ambiental: o Papel dos Serviços Ambientais', e os interessados poderão obtê-lo gratuitamente a partir do seguinte link:

http://www.pluridoc.com/Site/FrontOffice/default.aspx?Module=Files/FileDescription&ID=2348&lang=pt

Mais detalhes:
Ano publicação/produção: 2008
Instituição: Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa Pecuária Sudeste - Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil
Número de páginas: 71
Preço: R$ 0,00
Formato: pdf
Tamanho: 4,7 Mbytes

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

CATI prepara Seminário e proporciona a discussão das experiências dos projetos microbacias nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Santa Catarina

A CATI está se organizando para debater as experiências do Programa de Microbacias. Para isso, está preparando um Seminário que irá acontecer nos dias 10 e 11 de setembro, em seu auditório, em Campinas. Além da experiência paulista, foram convidados para participar os técnicos envolvidos nos projetos de microbacias do Rio de Janeiro e Santa Catarina. “Será uma oportunidade para troca de experiências, relatos, modos de atuação do projeto nos três Estados. O evento acontece em um momento importante, quando todos os três partem para uma nova fase do microbacias”, diz o eng.º agr.º José Luiz Fontes, Coordenador substituto e Gerente de Planejamento do Programa paulista.
No caso da CATI, após seis anos, o Programa Estadual de Microbacias Hidrográficas passa a ser desenvolvido com maior enfoque no desenvolvimento sustentável e a chamar Programa de Desenvolvimento Rural Sustentável, Microbacias II. O momento é de consolidar o programa e definir as ações e incentivos para a segunda fase. Já o Rio de Janeiro, depois de passar por uma experiência de projetos-piloto, estenderá o projeto para todo o Estado fluminense e, Santa Catarina, onde acontece a experiência mais antiga entre os três, está estendendo o programa por mais um período de dois anos.
Não é a primeira vez que a CATI reúne os técnicos para debater o tema. Em 2002, também no mês de setembro, foi realizado o Seminário Internacional Instrumentos e Estratégias Operacionais dos Programas de Microbacias Hidrográficas e foi um marco na organização que pôde ouvir as experiências do Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, que na ocasião estava se organizando para iniciar o projeto, além de experiências internacionais.
O que torna este Seminário diferenciado é a percepção, ao longo desses anos, de uma mudança no comportamento da população envolvida. “O programa deixou de envolver apenas a questão de manejo dos recursos naturais ou a questão agropecuária, e vem se firmando em proporcionar desenvolvimento social e humano; busca, efetivamente, o desenvolvimento rural. O Seminário dará maior visibilidade à essa forma de atuação e servirá de inspiração para a adoção da metodologia para os órgãos de extensão rural”, afirma José Luiz Fontes.
O Seminário Manejo de Recursos Naturais e Desenvolvimento Rural: os “projetos microbacias” em São Paulo, Santa Catarina e Rio de Janeiro, foi idealizado pelo sociólogo Zander Navarro, consultor do Banco Mundial e professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e do Institute of Development Studies, sediado na Inglaterra. Zander Navarro, que tem acompanhado todos os projetos microbacias no Brasil, acredita que a importância desses projetos está na dimensão social que alcançaram. “O Seminário vai proporcionar a apresentação dos resultados mais significativos de uma experiência sem paralelo na história agrária brasileira”, afirma o sociólogo.



disponível em: http://www.cati.sp.gov.br/Cati/_principal/UltimasNoticias.php?codUltimas=181

O PDF da programação envio por email..

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Red Latinoamericana de Restauración Ecológica

Segue mais uma dica de site para consulta: trata-se da Red Latinoamericana de Restauración Ecológica (http://redlan.org/index.html), para a qual o LERF foi convidado a participar, possivelmente para representar o Brasil. Vamos tentar!

domingo, 17 de agosto de 2008

Conferência Mundial da SER

Colegas, foi divulgada a data limite para envio de resumo para a Conferência Mundial da SER (http://www.seri2009.com.au/index.html): será o dia 1º de março de 2009.
Portanto, comecem a organizar seus dados para envio!!
Abraços!

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Mais sites recomendados

Colegas, acrescentei mais alguns links para sites cujo acesso recomendo. Um deles é o Earth Restoration Service, entidade sediada no Reino Unido que promove uma rede global com a intenção de disseminar a importância da restauração.
O que me deixa empolgado com esses sites é o fato de que o nosso poderia ser uma referência mundial, desde que melhor organizado e traduzido para o Inglês. Espero poder ajudar nisso antes de deixar o LERF.
Se quiserem indicar algum site me avisem, para que eu possa acrescentá-lo.
Abraços!

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Decreto federal impõe multa para quem não averbar reserva legal no registro de imóveis

Foi publicado em 23 de julho de 2008 o decreto federal 6.514, que dispõe sobre as infrações e sanções administrativas ao meio ambiente, estabelece o processo administrativo federal para apuração dessas infrações e dá outras providências.

Dentre vários itens, o artigo 55 do decreto impõe multa de até 100 mil reais para o proprietário que deixar de averbar a reserva legal.

A área de reserva legal deve ser averbada na matrícula do imóvel, no Registro de Imóveis competente. A área necessária para a configuração da reserva legal de cada imóvel depende da região do Brasil que se encontra situada, variando entre vinte e oitenta por cento.

Acesse aqui o decreto federal 6.514 na íntegra.

quinta-feira, 31 de julho de 2008

Valoração da natureza

O texto é bastante simples, de divulgação mesmo, mas vale como uma lembrança de que algumas instituições estão tentando aplicar o conceito de valoração econômica.


É possível estimar um valor monetário para a natureza?

imagem
Bacia hidrográfica da represa de Guarapiranga.

Por Antonio Cristiano Vieira Cegana e Leonardo Barros Jianoti*

Atualmente essa é uma das perguntas mais freqüentes que intrigam ambientalistas e economistas de plantão.

Em 2000, um grupo de pesquisadores liderados por Robert Constanza publicou na conceituada Revista Nature um artigo que estimava valores monetários para as áreas naturais ainda conservadas em todo mundo. Que valor era esse? Simplesmente 33 trilhões de dólares, valor que representa 82% do valor de tudo que foi produzido no mundo em 2005 (PIB Mundial**).

Eles se basearam no conceito de bens e serviços ecossistêmicos e quanto aquilo custaria se tivesse que ser fornecido artificialmente. Por serviços ecossistêmicos entendem-se funções desempenhadas pelos ecossistemas e que nos trazem benefícios direta e indiretamente. Estes incluem serviços de abastecimento, como comida, água, madeira e fibra; de regulação, como efeitos do clima, enchentes, doenças, secas e qualidade da água; culturais, provendo recreação, benefícios estéticos e espirituais; e de suporte, como formação do solo, fotossíntese e ciclo dos nutrientes.

Segundo o estudo, a valoração é dada pelo efeito substituição, ou seja, quanto custaria um regulador climático tão eficiente quanto o que a Terra oferece através das florestas?

Considerando essa questão, é mais inteligente preservar nossas áreas naturais (e conseqüentemente seus bens e serviços ecossistêmicos) do que desmatar e utilizar o recurso no curto prazo.

Nessa linha de raciocínio, a Fundação O Boticário de Proteção à Natureza lançou o Projeto Oásis que visa proteger os mananciais responsáveis pelo abastecimento de aproximadamente 4 milhões de pessoas da cidade de São Paulo utilizando uma ferramenta de forte apelo econômico: pagamentos por serviços ecossistêmicos.

O Projeto investe na proteção dos mananciais realizando pagamentos aos proprietários que se comprometem a conservar suas áreas naturais. Por meio de contratos de premiação por serviços ecossistêmicos, as propriedades são semestralmente monitoradas para garantir a qualidade ambiental dos fragmentos.

Entre os maiores desafios estão a dificuldade em encontrar áreas com remanescentes florestais em boa qualidade e a ainda instigante valoração econômica dos serviços ecossistêmicos prestados pelas áreas naturais.

Nesse projeto o valor foi referenciado nos serviços prestados pela área natural preservada em relação ao: i) armazenamento de água (R$99,00/hectare/ano); ii) manutenção da qualidade da água (R$75,00/hectare/ano); e, iii) controle de erosão (R$196,00/hectare/ano), totalizando R$370,00/hectare/ano.

Atualmente, são 9 propriedades contratadas que, somadas, correspondem a 332,4 ha de vegetação nativa protegida. Esses resultados preliminares apontam para o importante papel que programas de pagamentos por serviços ecossistêmicos podem assumir na complementação de políticas públicas de conservação de áreas naturais.

Essas iniciativas demonstram a crescente maturidade do movimento ambientalista mundial, seja pelas ONGs, empresas ou governos. Ao mesmo tempo, os serviços ecossistêmicos mostram uma grande e promissora forma de diálogo entre economia e meio ambiente, onde todos serão beneficiados.

* Engenheiro Agrônomo, M. Sc Antonio Cristiano Vieira Cegana – Analista de Projetos Ambientais da Fundação O Boticário de Proteção a Natureza

Economista, Leonardo Barros Jianoti - Analista de Projetos Ambientais da Fundação O Boticário de Proteção a Natureza

** Indicador: PIB Mundial 2005 – Relatório de Desenvolvimento Humano da ONU – 2006 – www.pnud.org.br

Disponível em: http://www.fundacaoboticario.org.br

sábado, 26 de julho de 2008

APREMAVI

O trabalho da APREMAVI em Santa Catarina é sério, focado em adequação de propriedades rurais, mas principalmente de pequenos produtores. Essa parceria com a Klabin já é de longa data, e parece que tende a crescer.


Convivência pacífica

Romeu de Bruns*

25.07.2008


O plantio de espécies exóticas como pinus e eucalipto pode conviver pacificamente com a preservação da mata nativa. É o que a Klabin quer demonstrar com seu programa Matas Legais, uma parceria com a Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) que nos últimos três anos tem dado bons resultados em Santa Catarina e que agora chega ao Paraná, nos municípios de Curiúva, Sapopema e São Gerônimo da Serra, na região central do estado.

A iniciativa é voltada aos fomentados, que são proprietários rurais incentivados a plantar pinus e eucalipto em áreas ociosas e marginais de suas terras, como forma de complementar a renda com a venda de madeira para a Klabin. O plantio de eucalipto rende safras a cada seis ou sete anos, dependendo do solo. Já o pinus tem ciclos diferenciados: 13 ou 14 anos se for um corte só, ou de 20 anos, com cortes aos 8 e 14 anos, para tirar madeira para celulose ou laminadoras. O objetivo do Matas Legais é fazer com as propriedades dedicadas a esse cultivo produzam respeitando a legislação ambiental.

Um dos principais focos está na recomposição das matas ciliares, que precisam ter pelo menos 50 metros de largura no entorno das nascentes e 30 metros de largura ao longo dos cursos dos rios. Lírio Leite, 47 anos, de Agrolândia (SC), é um dos produtores que aderiu ao projeto. Está fazendo a recuperação da mata ciliar nas três propriedades que recebeu como herança da família. “Nasci no campo. Meus pais já utilizam a terra sem limites. Desmatavam até a beira do rio para fazer pastagem e lavoura. Hoje, isso mudou”, afirma o agricultor, que cultiva arroz e dedica parte do terreno para o eucalipto, de olho na aposentadoria.

Além das mudas doadas pela Klabin, o agricultor recebeu assistência técnica da Apremavi, que elaborou o projeto de reflorestamento e paisagismo. “A mata é legal não só porque está na lei. É 'legal' entrar numa mata bem conservada e protegida”, completa Leite, que é um dos 238 integrantes do Matas Legais em Santa Catarina. Juntos, eles receberam da Klabin 258 mil mudas de plantas nativas o que permitiu a recomposição de 80 hectares de matas entre 2005 e 2007. Vale destacar que, no primeiro ano, apenas 11 famílias faziam parte da empreitada.

Ilhas de vegetação

O programa de fomento da Klabin já existe há 20 anos e hoje reúne 14 mil proprietários rurais do Paraná, Santa Catarina e São Paulo. “A idéia é que a partir de agora todos os proprietários que entrarem no fomento também façam a adesão ao Matas Legais e que, aos poucos, possamos trazer também os fomentados mais antigos”, explica Ivone Sier, coordenadora de pesquisa florestal da Klabin no Paraná.

Segundo ela, hoje, grande parte dos proprietários rurais não conhecem a legislação que diz respeito às áreas de preservação permanente e à reserva legal. Isso é fácil de comprovar em uma viagem aérea sobre o Paraná, onde começa a nova fase do projeto. À exceção de ilhotas de vegetação em meio a extensos campos de lavoura, só sobraram no estado a cobertura original da Serra do Mar, no Leste, e do Parque Nacional do Iguaçu, no Oeste. Se a legislação fosse respeitada, esses dois biomas poderiam estar conectados pela mata ciliar do Rio Iguaçu, que atravessa o estado.

A empresa não tem uma estimativa de quantos hectares de mata nativa devem ser recuperados com o projeto, mas está animada com as perspectivas. Hoje, os pedidos de mudas somam 15 mil. “Os que aderiram à iniciativa estão animados pois percebem os benefícios de um novo conceito de reflorestamento. Não só o plantio de variedades nativas que conta, mas há uma preocupação com o aspecto paisagístico e com a interligação dos fragmentos de floresta”, afirma Edegold Schäffer, presidente da Apremavi.

O programa também inclui a distribuição de livros, cartilhas e jogos, que servem como ferramentas de educação ambiental e que destacam a importância da conservação das florestas e dos recursos hídricos. “Nem sempre é fácil argumentar com o agricultor, que sabe que a beira do rio tem um solo muito fértil. Ter água limpa e a natureza preservada são vantagens que muitas vezes ele tem dificuldade de valorar. Mas depois de três anos, as pessoas começam a ver os resultados alcançados pelos que fazem parte do Matas Legais”, completa Leandro da Rosa Casanova, da Apremavi, que é coordenador do projeto em Santa Catarina.

* Romeu de Bruns é jornalista free-lancer no Paraná.

Disponível em: http://arruda.rits.org.br/oeco/servlet/newstorm.ns.presentation.NavigationServlet?publicationCode=6&pageCode=66

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Reserva (só) legal

Segue reportagem do O Eco sobre Reserva Legal e novas legislações ambientais. Espero que funcione como esta colocado aí e que não fique só no discurso...

Abraço a todos!



Reserva (só) legal
Aldem Bourscheit
22.07.2008
A partir de amanhã, proprietários rurais de todo o País têm 120 dias para registrarem suas reservas legais em cartório e junto aos órgãos ambientais estaduais. A novidade é que a desobediência será premiada com multa. Quem desmatou deverá fazer acordos para recuperar o que destruiu.
Essa é uma das medidas que o governo embutiu nas alterações da Lei de Crimes Ambientais, que serão publicadas em decreto nesta quarta (23). O prazo de 120 dias parece ser ainda uma divergência dentro do Ministério do Meio Ambiente. Enquanto a procuradoria-geral do Ibama informou ser esse o prazo, o presidente do órgão, Roberto Messias, falou em 180 dias ou um ano.
Reservas legais são porções de floresta que propriedades rurais são obrigadas a manter. Na Amazônia o índice é de 80% e, no Cerrado, de 35%. Nas matas de transição entre esses dois biomas deve-se conservar 50%, enquanto no restante do País a taxa é de 20%.
Nas regiões mais economicamente exploradas, como Sudeste, Sul e Centro-Oeste, é raro se avistar essas matas. O presidente do Ibama, Roberto Messias, reconhece a enorme deficiência nacional em reservas legais, mas acredita na sua recomposição. “Se todas as propriedades da Mata Atlântica tivessem reserva legal, teríamos 20% do bioma preservado. Tem um déficit de reservas legais preservadas no País. Mas progressivamente vamos recuperar uma quantidade muito grande de áreas”, disse. Resta menos de 8% de Mata Atlântica no Brasil.

Crimes verdes
As alterações legislativas também encurtam os prazos para recursos contra autuações, elevam o valor de multas e tipificam outras agressões contra o meio ambiente. A partir de agora, os recursos de multas passarão agora por apenas duas instâncias administrativas, no Ibama ou Instituto Chico Mendes e depois no Conselho Nacional do Meio Ambiente. Antes, eram quatro. O embate judicial podia durar de cinco a oito anos. O governo quer reduzi-lo para menos da metade.
Recorrer à Justiça continua valendo, mas a procuradora-geral do Ibama e ICMBio avisa que o governo fará marcação cerrada. “Recorrer ao Judiciário é um direito de todos, mas esperamos que a legislação ambiental seja mais bem cumprida, para a proteção do meio ambiente. O Ibama atuará cassando liminares”, disse Andréia Vulcanes. Hoje, cerca de 5% das multas aplicadas pelo governo são pagas. “É uma desmoralização”, disse o ministro Carlos Minc (Meio Ambiente), que deu agora para chamar Lula de “ecopresidente”. Metade do dinheiro segue para o Fundo Nacional do Meio Ambiente e o restante com destino definido por ICMBio e Ibama.
Também virou crime não dar destino correto a pneus e outras substâncias tóxicas, liberar odores desagradáveis no ar que se respira, molestar baleias, golfinhos, peixes-boi, focas e leões-marinhos, além de não cumprir embargos de equipamentos, propriedades e outros bens. Aliás, o Ibama passa a ter agora poderes semelhantes aos da Receita Federal. Depois de todos os recursos judiciais, o órgão poderá leiloar ou até usar veículos e outros itens apreendidos em fiscalizações. “Vai acabar com essa moleza. Toras, grãos, gado, tudo poderá ser leiloado. Isso é mais forte do que multa ambiental”, enfatizou Minc. Antes, a única opção do Ibama era a doação.
Semana que vem a Universidade de Brasília recebe 30 caminhões com toras apreendidas na Bahia. Além disso, empresas que não cansam de acumular multas poderão ter autorizações de funcionamento cassadas ou suspensas por anos. Outra novidade é a possível aplicação do valor das multas na recuperação de áreas degradadas e outras ações, como Educação Ambiental ou manutenção de centros de recuperação de animais silvestres. Cada caso será julgado pelos órgãos ambientais. Essa medida está atrelada à redução dos descontos para pagamento das infrações, de 90% para 40%. “Quem for picareta e achar que pode enganar todo mundo o tempo todo, tem que levar bordoada. O País tem que agir com mais seriedade na área ambiental”, disse Lula.
Ao presidente não faltam oportunidades para colocar tudo isso em prática, como o PAC – Programa de Aceleração do Crescimento, o combate ao desmatamento na Amazônia e a expansão das lavouras para biocombustível.

Guarda nacional
O pacote legislativo anunciado hoje também cria um programa de segurança ambiental, criando a figura do guarda-parques e a guarda ambiental nacional. Tudo depende de parcerias com estados para que bombeiros, batalhões ambientais e florestais das polícias militares ajudem Ibama e ICMBio a conter desmatamentos, queimadas, caça e outras ilegalidades, dentro e fora de unidades de conservação. Dezesseis estados já disseram sim aos acordos. Haverá repasse de dinheiro federal. “Ou o governo se reeduca para fazer parcerias com estados e prefeituras ou não se conseguirá preservação ambiental. Fica muito mais fácil se organizações locais tomarem conta (de algumas ações ambientais)”, acredita o presidente Lula.

terça-feira, 22 de julho de 2008

Eventos

Moçada, 2 eventos divulgados pelo Sérgius. Seguem os releases:
- CURSO INTERNACIONAL 2008 "RESTAURACIÓN AMBIENTAL PARA UN MANEJO
SUSTENTABLE DE CUENCAS HIDROGRÁFICAS" , a realizarse en Santiago de
Chile ,entre los días 24 de noviembre al 19 de diciembre del 2008;
- início do processo de organização do Congresso de Restauração Ecológica da Rede
Iberoamericana e do Caribe sobre Restauração Ecológica-RIACRE, a ser
realizado no Brasil, conforme decisão da reunião de Cuba.

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Importância das áreas úmidas

Olha aí nossas matas de brejo!!

Áreas úmidas podem liberar 'bomba carbono', diz cientista

Reuters

WASHINGTON - As áreas úmidas do mundo, ameaçadas pelo desenvolvimento, desidratação e mudança climática, poderiam liberar uma "bomba de carbono" de aquecimento do planeta se forem destruídas, disseram cientistas do meio ambiente neste domingo.

Os pântanos contêm 771 bilhões de toneladas de gases de efeito estufa, um quinto de todo o carbono da Terra e cerca da mesma quantidade de carbono que está atualmente na atmosfera, disseram os cientistas que participam da Conferência Internacional de Áreas Úmidas (Intecol, na sigla em inglês), relacionando os pântanos com o aquecimento global.

Cerca de 700 cientistas de 28 países se reúnem esta semana na Intecol, em Cuiabá (MT), nas proximidades do vasto Pantanal brasileiro, em busca de meios para proteger essas áreas sob risco.

Se todos os pântanos do planeta liberassem o carbono que contêm, isso iria contribuir fortemente para o efeito estufa relacionado ao aquecimento do planeta, disse o coordenador do Programa de Meio Ambiente do Pantanal brasileiro, Paulo Teixeira.

Nós poderíamos chamar isso de "bomba carbono", disse Teixeira por telefone, falando de Cuiabá, onde se realiza a conferência. "É uma situação muito traiçoeira."

Áreas ùmidas não são apenas pântanos, elas também incluem brejos, áreas lodosas, deltas de rios, tundras, mangues, lagoas e planícies alagadas por rios.

Juntas, elas representam 6% da superfície terrestre do planeta e estocam 20% de seu carbono. Também produzem 25% dos alimentos do mundo, purificam a água, reabastecem aquíferos e atuam como zonas tampão contra tempestades violentas em áreas costeiras.

Historicamente, as áreas úmidas vinham sendo consideradas como entrave para a civilização.

Cerca de 60% das áreas úmidas do mundo foram destruídas no século passado, na maioria dos casos por causa de drenagem para uso agrícola. Poluição, diques, canais, bombeamento de águas subterrâneas, desenvolvimento urbano e extração de turfa ampliaram a destruição.

"Com muita frequência no passado, por desconhecimento, as pessoas consideraram as áreas úmidas como problemas que requeriam uma solução, mas elas são essenciais para a saúde do planeta", disse o subsecretário-geral da ONU e reitor da Universidade Nações Unidas, Konrad Osterwalder. A ONU é uma das promotoras da conferência.

Até agora, os impactos da mudança climática são pequenos em comparação com as depredações provocadas pelo homem, disseram os cientistas em um comunicado.

Teixeira admitiu que as áreas úmidas têm um problema de imagem com o público, que geralmente tem boa disposição para salvar a floresta tropical, mas não os pântanos.

"As pessoas não têm boa impressão das áreas úmidas porque não conhecem o serviço para o meio ambiente que elas provêem", disse ele.

Disponível em: http://oglobo.globo.com/ciencia/

sábado, 5 de julho de 2008

Curso de capacitação na bacia do Rio São Lourenço (MT)


Na semana que passou o André, Sérgius e eu estivemos em Jaciara, MT, para ministrar o primeiro módulo (de 4) do curso de capacitação de técnicos ambientais da bacia do Rio São Lourenço, um tributário do Rio Paraguai e, conseqüentemente, do Pantanal. Esse trabalho começou no ano passado, quando o Wander e eu percorremos a região, caracterizando as paisagens regionais e apresentando, de forma demonstrativa, um mapeamento para adequação ambiental de 7 propriedades rurais.

Nesse primeiro módulo foram apresentadas as noções sobre conceitos como degradação e restauração.

Em um segundo momento, foram também apresentadas as características do Programa de Adequação Ambiental e noções iniciais sobre fotointerpretação.

Cerca de 30 técnicos participaram, tanto da Secretaria Estadual de Meio Ambiente como de associações de produtores rurais e extensionistas da região. Interessante observar as opiniões e posições de cada um desses grupos, o que dá uma mostra de quanto trabalho é preciso para que uma linguagem comum seja alcançada.

Nos próximos módulos serão tratados temas como adequação ambiental na propriedade rural, estratégias de restauração, atividades operacionais, levantamentos florísticos, marcação de matrizes e construção de viveiros para espécies nativas regionais. Se em São Paulo a rede de viveiros ainda carece de melhorias, no Mato Grosso o trabalho é maior ainda, lembrando o quando se desconhece da Fisiologia e Ecologia das espécies do bioma Cerrado.


O que é promissor para a região, onde predomina o Cerradão, é o elevado potencial de regeneração natural e o fato de que ainda há muitas pastagens, sem uso agrícola intensivo. A condução dessa regeneração parece que será o método mais apropriado no início.

Esperamos que, ao final, os técnicos estejam capacitados minimamente para replicar e melhorar as técnicas apregoadas pelo LERF, fazendo o esforço valer. E é preciso ser ágil, porque a ala mal planejada do agronegócio já está representada na região, fazendo os mesmos erros que os paulistas fizeram há 50-60 anos atrás.

Um manual foi produzido para a região, em linguagem mais simples, para produtores. Receberemos cópias e vocês poderão consultá-lo em breve.

Relatem também as viagens e experimentos de vocês, esse espaço é para isso. Nino, relate como foi o primeiro encontro do grupo de discussão!

Abraços!

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Novo site recomendado

Colegas, adicionei na barra de sites recomendados (ao lado) o endereço do Laboratório de Ecologia Vegetal da Universidade Federal do Paraná. Quem souber de mais algum interessante, ligado ao nosso tema de trabalho e pesquisa, mande para mim por e-mail para que eu possa adicionar.
Abraços.

Impactos da certificação florestal e agrícola

Segue informativo do IMAFLORA, instituição sediada aqui em Piracicaba que trabalha com certificação. Para quem não sabe, a Cláudia Attanasio está confeccionando, pelo LERF, um guia para produtores rurais onde constarão dicas sobre adequação ambiental e restauração.

Imaflora, Usp e Entropix lançam publicação inédita sobre os impactos da certificação FSC e RAS.

23/06/2008

Estudo compara o desempenho de empreendimentos certificados e não certificados em associações extrativistas de madeira do Acre e em fazendas de café de Minas Gerais.

O Imaflora (Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola) em parceria com a Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz " da USP (Universidade de São Paulo) e a Entropix Engenharia estão lançando duas publicações "Impacto da certificação da Rede de Agricultura Sustentável (RAS) em fazendas de café - Estudo de caso no Cerrado e Sul de Minas Gerais - Brasil" e "Impacto da certificação florestal FSC (Forest Stewardship Council - Conselho de Manejo Florestal) em comunidades agroextrativistas do Acre".

A publicação é resultado do estudo independente de Avaliação de Impacto dos Programas de Certificação do Imaflora, realizado pelo Esalq e pela Entropix. Para realizá-lo, foram necessárias cinco semanas no Acre, em associações extrativistas de madeira certificadas FSC e não certificadas e seis semanas, em Minas Gerais, em fazendas de café certificadas RAS e não-certificadas.

O estudo nas fazendas de café observou a quantidade de florestas, a conservação dos recursos naturais, o uso de agrotóxicos, o destino do lixo e de resíduos, os direitos dos trabalhadores, bem como as condições de segurança e de alojamento das propriedades. Desta forma, foi possível verificar se a certificação tem causado ou não mudanças, assim como quantificá-las e qualificá-las.

O levantamento foi feito por meio de entrevistas aos proprietários ou gerentes gerais, aos trabalhadores fixos e aos temporários. Também foram feitas observações de campo, coleta sistemática de fotos para fins de comparação visual e ainda interpretação de imagens de satélite.

Para complementar o estudo da certificação FSC, foram colhidos depoimentos dos representantes do governo do Acre e das ONGs atuantes no estado. Para o estudo da certificação RAS, foram colhidos depoimentos do superintendente da CACCER (Conselho das Associações do Café do Cerrado) e dos extensionistas das cooperativas atuantes da região (núcleos da Cooxupe, COTREL e outras).

Os resultados mostraram significativas diferenças nas fazendas de café RAS, com maior desempenho nas certificadas. No caso das comunidades certificadas FSC no Acre, as diferenças foram menos evidentes, pois há grande interferência do governo e da ação de outros atores no manejo florestal do estado.

A versão digital das publicações já estão disponíveis na sessão publicações do site do Imaflora (www.imaflora.org). Para solicitar mais informações, envie uma mensagem para imaflora@imaflora.org.

Informações para a imprensa:

Fátima Nunes - MTb 13.100

Toda Palavra Assessoria e Comunicação

(11) 3815.8162 e (11) 8274.5553

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O Imaflora (Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola) é uma organização brasileira, sem fins lucrativos, criada em 1995 para promover a conservação e o uso sustentável dos recursos naturais e para gerar benefícios sociais nos setores florestal e agrícola. (www.imaflora.org)