sábado, 19 de janeiro de 2008

Mapas do BIOTA e Inventário Florestal

Conseguimos! Com a excepcional ajuda do Leandro Tambosi, da Pós-Graduação em Ecologia do IB/USP (http://ecologia.ib.usp.br/pos/), temos em mãos os shapefiles dos mapas temáticos do BIOTA, bem como o do Inventário Florestal! Agora temos condições de cruzar várias informações ao analisarmos o estado de São Paulo, município por município, em cada mapa de adequação que fizermos. É uma excelente ferramenta de estudo da paisagem!
Há alguns detalhes técnicos para o uso desses shapes. Como abrangem todo o Estado de São Paulo, é impossível projetá-los corretamente em UTM (lembram do conceito desse sistema?). Eles estão em Lat-Long ou Albers. Mas no ArcGIS, se corretamente informado o sistema no momento de configurar o arquivo (mesmo que em UTM), os mapas se sobrepõe tranqüilamente. Exemplo: eu tenho shapefiles da Usina São João em UTM, mas ao sobrepô-los aos mapas temáticos, eles iam parar bem longe... Porém, quando informei na configuração do arquivo o sistema de projeção (UTM SAD69, fuso 22 ou 23, como for o caso), houve sobreposição perfeita!
Todos esses arquivos serão disponibilizados no 4shared em breve, preciso apenas organizá-los.
Que todos aproveitem bem esse material, pois pouca gente teve acesso a ele. Até agora.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Reunião com SMA / Projeto Matas Ciliares

Foi melhor que eu imaginava. Apesar do atraso esperado dos técnicos da SMA e da ausência de alguns membros do LERF (alguns em campo, outros não sei onde...), a reunião de hoje com os técnicos do Projeto Matas Ciliares foi interessante.
Descontado o início burocrático onde levantaram-se questões relacionadas aos produtos entregues, dois temas principais permearam a discussão. O primeiro foi referente às matrizes florestais para coleta de sementes. Esse componente do projeto não constava na concepção original do projeto, e o LERF comprometeu-se a conduzi-lo de forma demonstrativa. O pequeno número de matrizes marcadas deveu-se a isso, mas também é reflexo da ausência de fragmentos bem conservados em boa parte das microbacias. Triste constatação. Porém, dada a relevância do tema, ficou claro que temos que correr atrás enquanto é tempo. Para isso, serão revisadas as 15 listagens florísticas geradas no projeto, e serão indicadas as principais espécies que precisam ter matrizes marcadas, em uma escala regional, e não apenas de microbacia. O LERF irá assessorar tecnicamente esse trabalho, tendo sido citado o trabalho de troca de sementes realizado pelo Pedro.
O outro tópico tratado na reunião foi relacionado às dificuldades técnicas da execução dos projetos executivos. Além da resistência dos pequenos agricultores que não querem perder área de suas propriedades, os técnicos da SMA levantaram algumas questões / dificuldades relacionadas à adubação, uso de hidrogel/irrigação, viabilidade de retificar cursos d'água em campos úmidos antrópicos, dificuldade em "limpar" áreas com elevada massa de gramíneas (napier e colonião), plantios com baixa diversidade e momento adequado para realizar os replantios. Algumas das situações foram ilustradas com fotos in loco e sobrevôos. Foi bem interessante.
Haverá continuidade dessa reunião na segunda quinzena de fevereiro, quando a equipe do LERF fará um dia de campo em Campinas e Nazaré Paulista.
Devagar, mas indo... Vamos ver no que dá, torcendo para dar certo.
Até breve.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Novos estagiários e o papel do LERF

Acho que, como eu, alguns dos atuais participantes do LERF se assustaram com a quantidade de interessados em estágio que apareceram na reunião de segunda-feira (14/01). Isso tem me feito refletir sobre nosso "papel", seja enquanto estamos no LERF, seja como profissionais.
Falando em termos operacionais, já contactei o Ricardo para estudarmos um jeito de sistematizar melhor as atividades para esses estudantes, especialmente aqueles que estarão por aqui somente no período de férias. Esses normalmente tem um anseio mais, digamos, acadêmico, sem necessariamente ter pretensões de seguir nos projetos da Adequação. Eles, assim como alguns de nós, entendem que o LERF é mais do que a Adequação.
Por outro lado, entendo que para os que tem intenção de se capacitar e "trabalhar" nos projetos da Adequação o enfoque é diferente. Com esses é interessante perceber se existe força de vontade para continuar, pois sabemos que, no dia-a-dia da Adequação é importante perseverar...
Quando penso como profissional formado em uma instituição pública, sinto-me um pouco na obrigação de auxiliá-los a, pelo menos, conhecer caminhos durante a formação acadêmica. Indicar literatura específica, apresentá-los às bases de dados eletrônicas (que nem nós conseguimos consultar o tempo todo) e, por que não, dar dicas de postura profissional (apresentação e atitude).
O que vocês pensam sobre isso?

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Tubetes biodegradáveis

Olá pessoal,

Vi um anúncio na internet sobre "tubetes biodegradáveis" para mudas e fiquei curioso.
O tubete é feito de papel cartão, com revestimento interno e externo de um plástico biodegradável. Segundo o produtor, uma grande vantagem é que não é necessário a retirada do tubete, o que evita danos às raízes.
Alguém já ouviu falar disso? Será que funciona mesmo? Será que as raízes conseguem transpor com facilidade as paredes do tubete após o plantio?

Para mais informações sobre o produto e ver uma foto, o site é:
http://www.clonaza.com.br/

domingo, 13 de janeiro de 2008

Revista Brasileira de Unidades de Conservação

Mais um periódico interessante é lançado: a Revista Brasileira de Unidades de Conservação - Brasil UC.
Segundo Alexandre Bonesso Sampaio, Editor-Geral, "O IBAMA está divulgando a abertura para submissão de manuscritos para compor o primeiro número da Revista Brasileira de Unidades de Conservação - Brasil UC. Esta Revista tem o objetivo de publicar artigos de pesquisas científicas aplicadas ao manejo de Unidades de Conservação e tem como público-alvo: pesquisadores, gestores e técnicos especializados que atuem em atividades de proteção, manejo, gestão e pesquisa de unidades de conservação. Pretendemos que a Revista Brasil UC seja indexada nas bases mais amplas de busca de informação científica, para isso a qualidade dos trabalhos será garantida por um corpo de editores e consultores ad hoc de notório saber, isentos à administração do IBAMA, e com poder decisório sobre a aceitação dos artigos. A revista é multidisciplinar e tratará de diversos temas relacionadosàs unidades de conservação. Serão publicados artigos sobre fauna de invertebrados, antropologia, fauna de vertebrados, socioeconomia, flora, educação ambiental, ecossistemas aquáticos continentais, ecossistemas aquáticos marinhos e costeiros, ecologia humana, ecologia e manejo de ecossistemas, manejo de recursos florestais, paleontologia e arqueologia, espeleologia e geologia, e turismo em áreas protegidas. A revista, de divulgação eletrônica, estará disponível na página http://www.ibama.gov.br/revistauc e terá periodicidade semestral."
Para quem não sabe, há outro periódico focado em conservação da natureza, a revista "Natureza & Conservação", da Fundação O Boticário de Proteção à Natureza (http://internet.boticario.com.br/portal/site/fundacao/menuitem.59fac184217a566ee4e25afce2008a0c/?epi_menuGrafico=Educacao_Mobilizacao&item_Menu=3).
Vale a pena pensar em elaborar trabalhos que conciliem as ações de restauração e preservação, já que ambos os termos fazem parte do conceito maior de conservação da natureza, segundo nosso SNUC (Sistema Nacional de Unidades de Conservação).