sábado, 5 de abril de 2008

Visita da Karen Holl


Na tarde chuvosa de quinta-feira passada cerca de 100 pessoas puderam presenciar a palestra da Dr.ª Karen Holl, da Universidade da Califórnia, durante a visita que ela fez ao LERF. Por cerca de 50min ela nos fez um breve relato das linhas de pesquisa desenvolvidas por lá.

Particularmente, o relato serviu para mostrar que o LERF não deve nada aos "gringos", especialmente em termos de atualidade no pensamento da restauração. Acho apenas que carecemos ainda de uma sistemática maior na organização de nossos experimentos de forma a compartilhá-los com a comunidade científica e sermos mais amplamente reconhecidos.

A sexta-feira foi reservada para o campo. Junto com Sérgius, Cris, Ricardinho, Jeanne e Nino (com a chegada da Letícia, da Unicamp, à tarde), acompanhamos a Karen e mais um monte de gente da Suzano em um comboio de carros para os plantios de restauração da Esalq, Iracemápolis, Santa Bárbara e Guariroba, fechando o dia na Santa Genebra.
Para quem ainda não teve a chance de acompanhar essas visitas (comuns nos cursos dados no LERF às ONGs e empresas), recomendo.
A passagem por essas áreas permite uma visão prática, teórica e histórica das ações de restauração, deixando claros os avanços que foram feitos e os erros com os quais foi possível aprender.

Olha aí o Prof. Nino explicando os experimentos da Guariroba!


Imagem para a posteridade! Que novos pesquisadores sejam bem-vindos para conhecer o trabalho do LERF. E que nosso trabalho seja divulgado, para abrir portas em outros lugares! Mãos à obra!

Abraços!

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Adubação verde


Cá estou de novo para relatar o andamento do experimento de semeadura direta. Vejam a foto que tirei ontem, mostrando o desenvolvimento do adubo verde (feijão-guandu anão) nas entrelinhas.

A idéia foi testar (não ainda como tratamento) esse método para controlar as daninhas, e aparentemente houve sucesso. Já pensaram não precisar de herbicidas?

Agora vou implantar o uso da adubação verde como um tratamento na área do segundo experimento.

Abraço verde!

terça-feira, 1 de abril de 2008

Critério para conservar



01/04/2008 Por Fábio de Castro


Resolução da Secretaria do Meio Ambiente de São Paulo determina que critérios para autorização de supressão de vegetação nativa serão estabelecidos por mapa de áreas prioritárias para conservação feitos no Programa Biota-FAPESP
Agência FAPESP – Os dados científicos reunidos pelo Projeto Biota-FAPESP determinam, a partir de agora, os critérios e parâmetros para a concessão de autorização para supressão de vegetação nativa no Estado de São Paulo.
Uma resolução da Secretaria de Meio Ambiente (SMA) de São Paulo, publicada no Diário Oficial do Estado de 14 de março, estabelece que a análise de todos os pedidos para uso de áreas com florestas nativas deverá se basear nas categorias de importância para a restauração definidas no mapa “Áreas Prioritárias para Incremento para Conectividade” – um dos vários mapas produzidos pelo Biota.
De acordo com coordenador do Programa Biota-FAPESP, Ricardo Ribeiro Rodrigues, a resolução demonstra a efetividade do uso dos dados científicos na sustentação das políticas públicas estaduais na área ambiental.
“O volume de dados alcançado pelo Biota nos permitiu ter certeza de que eles poderiam ser usados para fornecer diretrizes às políticas públicas. Esse não era um objetivo inicial do programa, mas acabou se tornando um produto da máxima importância. O mais importante é que os critérios agora terão base científica”, disse o professor do Departamento de Ciências Biológicas da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da Universidade de São Paulo (USP), à Agência FAPESP.
A resolução, segundo Rodrigues, foi traçada com base no livro Diretrizes para a conservação e restauração do Estado de São Paulo, produzido sob coordenação do Programa Biota em parceria com a SMA. A publicação está na gráfica e deverá ser lançada no fim de abril. Reserva legal
Rodrigues explica que a resolução utiliza os mapas do Biota para determinar objetivamente os critérios usados para não autorizar o uso de áreas que se prestam ao papel de corredores ecológicos e de abrigo de biodiversidade. O mapa de conectividade indica essas áreas prioritárias.
“Nos mapas, identificamos os fragmentos que são considerados prioritários para conservação e indicamos essas áreas para a compensação da reserva legal das propriedades agrícolas, além de recomendar a interligação desses fragmentos pela restauração da mata ciliar funcionando como corredor ecológico”, disse.
De acordo com o professor, dos 3,5 milhões de hectares de vegetação remanescente no Estado, apenas 760 mil estão em unidades de conservação. “O restante está em mãos de proprietários particulares. Para conservar essas áreas a proposta é transformá-las em reserva legal. Para as melhores áreas desses trechos, recomendamos a transformação em Reserva Particular de Patrimônio Natural”, afirmou.
Segundo a resolução, quem quiser solicitar a supressão de vegetação nativa dentro dos limites das áreas demarcadas como prioritárias pelo Biota deverá apresentar um estudo de fauna e flora, independentemente do estágio de regeneração em que se encontrar a vegetação.
Só será permitida a supressão e exploração da área nativa se a vegetação não abrigar espécies da fauna e flora silvestres ameaçadas de extinção. A concessão de autorização atenderá critérios fixados pelo mapa de conectividade.

segunda-feira, 31 de março de 2008

Vagas na The Nature Conservancy

A The Nature Conservancy está selecionando para contrato de 1 ano.

1. Analista de SIG: formação em Engenharia Florestal, Ciências Biológicas ou áreas afins. Conhecimentos em SIG, ESRI e planejamento ambiental.

2. Supervisor técnico: formação em Engenharia Florestal, Agronômica, Cartográfica ou áreas afins. Conhecimentos em geoprocessamento, ESRI e Código Florestal.

3. Técnico em Geoprocessamento: estudante do último ano ou recém-formado nas áreas de Engenharia Florestal, Cartográfica ou áreas afins. Conhecimentos em geoprocessamento e sensoriamento remoto.

Interessados enviar currículo com carta de apresentação para: hrbsb@tnc.org até 09/04/2008.

domingo, 30 de março de 2008

Ilha Anchieta

Olá, colegas.


É, não é só no meio da cana que há trabalhos de adequação ambiental a serem feitos. De volta da Ilha Anchieta, onde foi ministrada a disciplina de Adequação Ambiental nas últimas 2 semanas, foi possível perceber que há desafios para adequação e restauração ecológica em qualquer ecossistema brasileiro, em maior ou menor grau.

A Ilha, hoje um Parque Estadual, possui problemas com introdução de espécies animais exóticas, além de um intenso histórico de degradação humana, especialmente na primeira metade do século XX. Hoje, embora haja regeneração, ela aparentemente ocorre em um ritmo mais lento do que poderia, por conta dos fatores citados e de uma dinâmica ainda não completamente conhecida de sucessão.

Os grupos de trabalho da disciplina apresentarão os resultados das pesquisas no dia 17 de maio, no LERF. Em tempo: esses alunos foram convidados a participar do blog, levando adiante a idéia de compartilhar experiências com profissionais e estudantes de fora do quadro do LERF.

E não esqueçam da palestra da Karen Holl, na quinta, dia 03 de abril.

Abraços!