sábado, 11 de abril de 2009

E por falar em Mata Atlântica...

Acabou de sair um número especial da Biological Conservation inteiramente dedicado à Mata Atlântica, com o tema Conservation Issues in the Brazilian Atlantic Forest. Acessem em
http://www.sciencedirect.com/science/journal/00063207
Abraços!

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Pacto pela Restauração da Mata Atlântica

Foi lançado ontem (7 de abril de 2009), em São Paulo, o Pacto pela Restauração da Mata Atlântica, um amplo esforço organizado da sociedade civil que se comprometeu a, até 2050, restaurar 15 milhões de hectares do Bioma. Até o momento, cerca de 65 organizações, desde governos (federal, estaduais e municipais), instituições de pesquisa, ONGs, empresas e associações aderiram ao compromisso.


O LERF teve ampla participação nessa primeira fase do projeto, visto que cerca de 7 alunos, coordenados pelo Prof. Ricardo Rodrigues, participaram da elaboração do livro "Referencial dos conceitos e ações de restauração florestal", base técnica para todo o trabalho que será realizado. A idéia do livro é que funcione como um ponto de partida, e não o modelo definitivo a ser seguido. Com o avanço da Ciência da Ecologia da Restauração e com o acúmulo das experiências do Pacto, a idéia é que esse livro seja reeditado periodicamente, em intervalos de alguns anos. Imaginem o que saberemos em 2050!

Em tempo: o livro em breve será disponibilizado (em pdf) no site do LERF e no próprio site do Pacto (em elaboração: http://www.pactomataatlantica.org.br).

Também foi lançado um mapa de áreas potenciais para implantação das ações de restauração. Os critérios para escolha dessas áreas envolvem as obrigatoriedades legais, as possibilidades de conexão de fragmentos ainda existentes e a baixa aptidão agrícola / elevada aptidão florestal das áreas. Daí o número de 15 milhões de hectares.

O LERF também faz parte do Conselho do Pacto, homologado ontem, que conta com 16 instituições ao todo. Também coordenará o Grupo de Trabalho Técnico-Científico, responsável pelo acompanhamento técnico das ações que serão implantadas.

Números superlativos normalmente assustam e vem carregados de aproximações inexatas ou forçadas. Nesse caso, porém, acho que o trabalho foi bem feito e é bastante promissor. Cabe às instituições participantes, especialmente ao Conselho e aos grupos de trabalho, tocar o barco com segurança, critério e determinação.

Vale lembrar que a proteção dos remanescentes naturais da Mata Atlântica é pré-requisito para a execução das ações, visto que é muito mais barato e eficiente conservar o que ainda resta do que restaurar. Porém, há tecnologia e base técnico-científica suficientes para as ações de restauração. Além disso, há perspectivas concretas para que os proprietários rurais, pessoas que, na ponta do processo, serão os executores do Pacto, tenham renda através do manejo de espécies nativas em Reservas Legais e mesmo em áreas agrícolas com potencial para tal, sempre com a perspectiva de proteger os fragmentos ainda existentes.

Agora é colocar a mão na massa!

domingo, 5 de abril de 2009

LERF recebe técnicos ambientais do Espírito Santo


Na semana passada o LERF recebeu, juntamente com o Prof. Flávio Gandara, 8 técnicos ambientais do Estado do Espírito Santo. Eles fazem parte de um grupo multidisciplinar denominado Comissão Especial de Recuperação Ecossistêmica – CORE (http://www.meioambiente.es.gov.br/default.asp), responsável por normatizar as ações de restauração florestal estaduais.

A visita iniciou-se na segunda-feira (30/03), ocasião em que os profissionais conheceram o viveiro florestal Bioflora, especializado em produção de mudas de espécies nativas florestais. Na terça e quarta-feira visitaram projetos de restauração florestal implantados na Rodovia dos Bandeirantes e nos municípios de Piracicaba (beira do rio Piracicaba), Santa Bárbara do Oeste, Iracemápolis, Araras e Cosmópolis, bem como projeto de implantação de manejo florestal com espécies arbóreas nativas na Fazenda Guariroba, em Joaquim Egydio, Campinas.

Já na quinta-feira (2/4) foram acompanhados por técnicos supervisionados pelo Prof. Flávio Gandara (LCB/ESALQ) em projetos de sistemas agroflorestais em Joanópolis. A paisagem e a malha fundiária do Espírito Santo são, em grande parte, propícias à instalação de SAFs.

A idéia é que a visita seja um ponto de partida para um intercâmbio de experiências na área de restauração, na busca de adaptações locais para princípios gerais preconizados pelo LERF.