quinta-feira, 6 de março de 2008

Florestas primárias são insubstituíveis

Estudo liderado pelo pesquisador brasileiro Carlos Peres mostra que o reflorestamento de florestas tropicais não é capaz de recuperar toda a biodiversidade de uma mata primária.
Divulgado no final de 2007, um estudo liderado pelo pesquisador brasileiro Carlos Peres, desenvolvido com equipes da Universidade de East Anglia, na Inglaterra, e do Museu Emílio Goeldi, em Belém (PA) (www.museu-goeldi.br), mostra que o reflorestamento de florestas tropicais não é capaz de recuperar toda a biodiversidade de uma mata primária, mostrando que a conservação das florestas vai muito além de preservar as reservas de carbono.

Os pesquisadores recolheram informações sobre animais e plantas em cinco florestas primárias, cinco secundárias (que crescem sobre áreas antes desmatadas) e cinco florestas de reflorestamento com árvores de eucalipto, na região do Jarí, no norte paraense. Os resultados mostram que pelo menos um quarto de todas as espécies pesquisadas foram encontradas somente em florestas primárias. No caso de aves e árvores, a porcentagem de espécies restritas a essas áreas chegou a 60%. A pesquisa indica, ainda, que as florestas de reflorestamento não são tão eficiente na absorção de dióxido de carbono da atmosfera em comparação com as florestas primárias.

Fonte: http://www.climaedesmatamento.org.br/revista/ver/11

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